O projeto atua na linha do enfrentamento às violências, sobretudo as violências domésticas que se acentuaram neste período de pandemia. Dados do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim) do MPSP registraram que em março de 2020 foram decretadas 2.500 medidas protetivas em caráter de urgência, no mês anterior, foram 1.934. Outros estudos mostram um dado ainda mais preocupante que é a falsa diminuição de casos de violência contra a criança e o adolescente. Esta sub notificação estaria diretamente relacionada à interrupção das aulas, entendendo que as escolas são responsáveis por boa parte das denúncias e acionamento do Conselho Tutelar.
Neste contexto – estando os Serviços da Assistência Social também impossibilitados de executar ações que sempre fizeram parte do arcabouço metodológico tradicional, tais como, as visitas domiciliares, grupos temáticos, rodas de conversa, eventos de caráter comunitário – elaboramos um conjunto de atividades composto prioritariamente por ações em meio virtual e com apoio de tecnologias midiáticas.
O conjunto de atividades é composto por grupos temáticos com pais e responsáveis em plataforma online (Zoom e Google Meet), acompanhamento estreito e sistemático das famílias via contato telefônico, dinâmicas em grupos de WhatsApp, lives de palestras transmitidas no Facebook institucional, YouTube e Instagram, oficinas socioeducativas transmitidas pelo Facebook institucional, plantão presencial para situações mais graves de violência, articulação com conselhos municipais, redes públicas e Sistema de Garantia de Direitos para encaminhar situações emergenciais e elaborar estratégias de atuação no território. Por ano são atendidas em média 80 famílias do Jardim Santa Lúcia identificadas como Público Prioritário em situação de violência e/ou negligência.
